sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Urbanismo de Santo André


A Ordem dos Arquitectos-Secção Regional Sul organiza um seminário e uma visita guiada sobre o urbanismo de Santo André, a 18 de Abril.

O seminário (9h-13h) tem lugar nas instalações do Instituto Piaget de Santo André e prevê conferências de:

Guilherme Câncio Martins (10h – O complexo portuário industrial de Sines)

Francisco Silva Dias (10h45 – O plano de urbanização)

Luís Vassalo Rosa (11h45 – Terceira fase do plano), com moderação de Michel Toussaint.


Ás 15h30 inicia-se uma visita guiada a Vila Nova de Santo André pelos arquitectos Francisco Silva Dias e Michel Toussaint. A iniciativa pretende debater um «exemplo com relevância no urbanismo português dos anos 70 do século XX», a intervenção arquitectónica e urbanística com papel decisivo em Santo André. No centro do debate estão o desenvolvimento urbano da vila, os conceitos fundamentais que contribuíram para o seu crescimento e a troca de ideias entre profissionais de áreas diferentes que influenciam o urbanismo. O Conselho Regional de Admissão deliberou atribuir um crédito à participação no seminário e um crédito à participação na visita guiada para efeitos de formação obrigatória em temáticas opcionais

Segue-se o programa do próximo dia 18 de Abril «Santo André – Uma cidade para a Indústria»

9h - Recepção Participantes

9,30h - Abertura Sessão Arquitecto José Manuel Rodrigues, Ordem dos Arquitectos-Secção Regional Sul e Victor Proença, presidente da Câmara de Santiago do Cacém

10h – Arquitecto Guilherme Câncio Martins - O Complexo Portuário Industrial de Sines

10h45 – Arquitecto Francisco Silva Dias - O Plano de Urbanização

11h30 – Pausa para café

11h45 – Arquitecto Luís Vassalo Rosa - A terceira fase do plano. Moderador – Arquitecto Michel Toussaint

Convidados - Núcleo do Litoral Alentejano, Administração do Porto de Sines e Junta de Freguesia de Santo de André

Local: Conferência no Instituto Piaget de Santo André e visita a Vila Nova de Santo André Instituto Piaget de Santo André (ao lado do Hotel Vila Parque) - Campus Universitário de Santo André, Apartado 38 Tel. 269 708 710

terça-feira, 7 de abril de 2009

Reconstituição do Hipódromo de Miróbriga

A partir de
http://mirobrigaeoalentejo.blogspot.com


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Os lugares de espectáculo, tais como os teatros, os anfiteatros e os circos foram, nas províncias, uma das formas utilizadas para facilitar o processo de Romanização, pois incentivavam as deslocações periódicas dos rurais à cidade, sendo ainda os locais ideais para a expansão da mística imperialista.

A construção de um hipódromo ou circo em Miróbriga deve ter obedecido aos mesmos princípios, contribuindo para consumar a ideologia imperial.

Embora não sejam conhecidos quaisquer mecenas ou evergetas que possam ter contribuído para o financiamento da sua edificação, como aconteceu em muitos edifícios monumentais do Império, existe, contudo, uma inscrição com invocatória a Esculápio, a que já fizémos referência, atestando um legado testamentário feito por um medicus pacensis, Gaio Átio Januário, que deixou dinheiro ao conselho municipal para que organizasse os quinquatrus, jogos que possivelmente se realizariam no hipódromo.

O hipódromo de Miróbriga dista aproximadamente 1Km em linha recta da zona central do aglomerado urbano, como acontece em muitos locais de espectáculo com estas características, que são afastados por motivos práticos, dada a grande afluência de público.

O acesso ao hipódromo ou circo de Miróbriga deveria fazer-se através de uma fachada que se localizava frontalmente em relação a uma estrada de saída do aglomerado urbano. Justifica-se, desse modo, o facto da entrada se fazer de costas viradas para o centro da cidade.

Reconhecido por Cruz e Silva em 1949 quando da construção de uma estrada que afectou parcelarmente a zona da entrada, este estudioso promoveu trabalhos arqueológicos no local e efectuou a primeira planta conjectural do hipódromo Posteriormente o imóvel foi escavado por D. Fernando de Almeida, tendo sido ainda efectuadas sondagens pela equipa luso-americana, que contribuiram para definir mais exactamente as suas características, e feito novo levantamento das suas estruturas, o mais actualizado até este momento.

Podendo considerar-se um recinto de média proporção, se comparado com o de Mérida e o de Todelo, a arena de Miróbriga é, contudo, de maior dimensão do que a do circo de Tarragona. O hipódromo de Miróbriga mede aproximadamente 359m de comprido por 77,5m de largo.

Este lugar de espectáculo está orientado NE/SW, orientação que é considerada a conveniente para não ofuscar os agitadores ou aurigae a qualquer hora do dia. A sua implantação foi condicionada pela topografia do local, que aqui é incomparavelmente mais plano do que o sítio onde cresceu o aglomerado urbano.

Do hipódromo conhecem-se as fundações da spina, construída em opus caementicium, e os limites da arena. Pesem os restauros e reconstituições parcelares, é clara a evidência de metae - meta prima e meta secunda. Ainda é visível o revestimento que era utilizado em grande parte da spina, tratando-se de opus signinum, a exemplo do que sucede no circo de Mérida e no recentemente posto a descoberto de Olisipo.

Os muros que delimitam a arena são simples, construídos em opus caementicium, variando a sua grossura entre 60 a 90cm. A construção do hipódromo deve datar do século II d. C. e o auge da sua utilização terá correspondido ao século III d. C., seguida do seu declínio a partir de finais dessa centúria.

No lado sul do circo situam-se algumas construções que D. Fernando de Almeida identificou como tratando-se dos carceres, comparando-o ao circo de Mérida.

De bancadas perenes ou pétreas e do derrube das mesmas não existem quaisquer referências ou vestígios arqueológicos. Pode admitir-se, portanto, que as mesmas fossem construídas de madeira, suportadas por postes feitos do mesmo material. Nunca poderiam, portanto, ter tido a monumentalidade das reconhecidas em circos da Hispânia.

Por seu lado, a pista deveria ser térrea, pois é visível ao longo da spina uma camada de terra muito escura e compactada.

A partir de artigo publicado em Actas so Encontro sobre Circos Romanos, Museu Nacional de Arte Romano, Mérida.

Proposta de reconstituição do Hipódromo: Andrea Alves e Nuno Cruz

Reconstituição do hipódromo de Miróbriga

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Reunião da Assembleia Geral da Liga


De acordo com a convocatória de que se deu conhecimento, reuniu-se em Miróbriga, no dia 10 de Março, a Assembleia Geral da Liga, tendo-se cumprido o ponto de ordem dos trabalhos.
Dessa tarde fica aqui a nossa pequena nota.